Abiclor

Produção de cloro e de soda cáustica cresce pelo segundo ano consecutivo e ultrapassa 1 milhão de toneladas em 2022

A produção de cloro e de soda cáustica no Brasil apresentou crescimento pelo segundo ano consecutivo, superando 1 milhão de toneladas em 2022. O cloro terminou o ano com 1.016 milhão de toneladas produzidas, um crescimento de 8,6% na comparação com 2021, enquanto a soda cáustica teve 1.112,5 milhão de toneladas produzidas, alta de 8,9% em relação ao ano anterior.

O arranjo produtivo adotado pela indústria cloro-álcalis tem como base células eletrolíticas que, no mesmo processo de fabricação, geram o cloro, a soda cáustica ou a potassa (dependendo do sal utilizado como matéria-prima) e também hidrogênio. Em 2022, o setor produziu cerca de 40 mil toneladas de hidrogênio. Essa marca pode crescer substancialmente a partir de 2023, colocando a indústria cloro-álcalis como uma importante aliada para posicionar o Brasil entre os principais produtores de hidrogênio verde do mundo.

Segundo Milton Rego, presidente executivo da Abiclor, “o crescimento da indústria cloro-álcalis sinaliza o início de uma recuperação dos dois anos de pandemia e a retomada do setor produtivo, porque o cloro, a soda cáustica e a potassa servem de base para a fabricação de milhares de outros produtos muito presentes no nosso dia a dia, como o PVC, as espumas de poliuretano, a maioria dos medicamentos, papel e celulose, vidros, alumínio, defensivos agrícolas, e muitos outros”. Por ser considerada uma indústria de base, a produção de cloro-álcalis serve de parâmetro para a compreensão do ritmo de desenvolvimento da indústria nacional.

Ao longo do ano, o nível de utilização de capacidade instalada do cloro cresceu 6 pontos percentuais, atingindo uma média anual de 72%. Ou seja: há margem para um aumento de produção nos próximos anos. “Para 2023, a expectativa é que tenhamos mais um ano de crescimento, que seria o terceiro consecutivo, impulsionado por uma participação bastante relevante do setor de saneamento básico. O novo marco legal do saneamento trouxe grandes avanços e merece um olhar cuidadoso no novo governo, para que as melhorias introduzidas na legislação sejam mantidas”, destaca o presidente da Abiclor.

Em relação à utilização de energia elétrica no setor, considerado eletrointensivo, o crescimento ficou em linha com o aumento da produção, totalizando 3.483 GW em 2022. “A racionalização do uso de energia e a opção por fontes renováveis são uma realidade incontornável para o setor cloro-álcalis”, afirma o executivo, lembrando que as associadas têm investido na aquisição de energia renovável no mercado Livre e também em projetos de autoprodução.