Abiclor

Abiclor apresenta as principais reivindicações do setor de cloro-álcalis aos presidenciáveis

Com capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas, a indústria de cloro-álcalis ainda opera com ociosidade alta. Em 2021, o fator de utilização média foi de 65,9%. Para superar os principais entraves e fortalecer esse segmento no país, a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) promoveu reuniões e encaminhou às equipes dos presidenciáveis as principais reivindicações do setor de cloro-álcalis.

De acordo com Milton Rego, presidente-executivo da Abiclor, entre os principais entraves para o crescimento estão questões relacionadas à energia, infraestrutura, legislação, sistema de financiamento, políticas de fomento e abertura econômica.  “Mais do que aumentar a capacidade de produção, a superação dessas barreiras tornará nossa indústria e os segmentos que consomem os nossos produtos mais competitivos frente a grandes players internacionais”, explica o executivo. 

Desempenhando papel chave na economia, a indústria de cloro-álcalis garante uma oferta estável de insumos para muitas outras atividades produtivas. Em um momento de reaquecimento do mercado, em função da expectativa de recuperação do crescimento do PIB, juntamente com o marco regulatório do saneamento, as indústrias já se preparam para o aumento da demanda com investimentos na expansão e ampliação das unidades produtivas. Para se tornarem mais competitivas, porém, dependem da estruturação de políticas públicas que promovam condições mais favoráveis de investimento. “Nesta reta final da corrida eleitoral, esperamos que a equipe do presidente eleito tenha uma preocupação especial com a competitividade industrial do Brasil”, destaca Milton Rego.

Conheça as principais propostas do setor de cloro-álcalis aos presidenciáveis

1 – Disponibilidade de energia elétrica e gás

A energia elétrica é o principal componente de custo da indústria de cloro álcalis. Segundo dados das empresas do setor levantados pela FIPE em 2013, a energia elétrica respondeu por 64% do custo operacional da indústria naquele ano, sendo que 63% desse valor referem-se ao custo básico da energia elétrica e 37% dizia respeito à despesa com encargos e tributos embutidos. Já no gás natural, o Brasil não usufrui a vantagem de ser um grande produtor mundial, justamente agora onde o mercado internacional de gás está sob tremenda pressão.

  • É necessário uma matriz de energia elétrica renovável, com disponibilidade, confiabilidade e custos competitivos.
  • Garantia de fornecimento de gás natural, com custos competitivos, marco regulatório consistente e abertura de mercado.

2 – Infraestrutura e logística

A burocracia no setor de transporte rodoviário é uma questão que precisa ser enfrentada pelo futuro presidente da República, criando uma harmonização entre as legislações de transporte. Também é preciso criar rotas alternativas para o escoamento de produção e de matérias-primas (hidrovia, ferrovia).

3 – Previsibilidade de investimentos

O sistema de financiamento deve ser compatível com os prazos de maturação dos investimentos na cadeia de cloro-álcalis.

4 – Políticas de fomento

Países como Índia, China, Japão, Estados Unidos, Alemanha e França possuem políticas de desenvolvimento e estímulos à indústria química. Uma política industrial bem estruturada é um vetor estratégico para o crescimento econômico.

5 – Abertura econômica

O processo de abertura precisa se dar de forma coordenada junto com o fortalecimento de cadeias produtivas internas, propiciando uma capacidade de se sobrepor a um processo de choque competitivo.