Abiclor

Presidente do Conselho da Abiclor e CEO da Unipar participa de evento global sobre cloro-álcalis, PVC e Poliuretano

O presidente do Conselho Diretor da Abiclor, da Clorosur e CEO da Unipar, Mauricio Russomanno, participa da 4ª edição do Global Chlor-alkali, Vinyls and Polyurethanes, organizado pela consultoria IHS Markit. O evento, que começou no dia 5 vai até amanhã, dia 9, e pela primeira vez  está  sendo realizado no formato virtual, com interação online entre painelistas e participantes do mundo inteiro.

Mauricio Russomanno abordará um panorama do atual cenário da infraestrutura e rede de saneamento básico em todos os países da América do Sul, evolução do marco do saneamento no Brasil e expectativas da indústria química a partir da aprovação do senado. O novo Marco brasileiro, que pretende universalizar até 2033 o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto para milhares de pessoas.

Os números que serão abordados na apresentação são desafiadores. A rede de distribuição de água limpa serve atualmente 84% das pessoas no Brasil, deixando 35 milhões de brasileiros sem essa estrutura básica. Além disso, o País tem uma rede antiga para a distribuição de água potável, que apresenta perdas de aproximadamente 40%, segundo dados do Instituto Trata Brasil.

Os dados da entidade demonstram ainda que os números da cobertura da coleta e tratamento de esgoto são ainda menores. Apenas 53% dos lares tem acesso ao serviço, indicando 98,8 milhões de pessoas sem o serviço, número que comprova o tamanho dos obstáculos que ainda precisarão ser vencidos após a aprovação da nova lei.

Na comparação a outros países da América Latina, o Brasil segue atrás nos dois indicadores mais importantes: fornecimento de água limpa e coleta e tratamento de esgoto. Os vizinhos tem maior porcentagem da população atendida pela rede de fornecimento de água, com Chile (97,8%) e Argentina (97%) na Liderança, seguidos por México (93%), Colômbia (90,2%) e Peru (84,5%).

Já na porcentagem da população sem acesso à rede de coleta e tratamento de esgoto, os números de outros países também são melhores que os brasileiros, em Argentina (30%), Chile (6,4%), Colômbia (12,8%), México (11,6%) e Peru (25,1%), segundo os relatórios anuais da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas, divulgado em 2018, e do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), publicado em 2019.

“A aprovação do marco representa uma enorme oportunidade para toda a nossa indústria de cloro-álcalis, porque não há País no mundo, neste momento, se preparando para uma modernização e expansão da infraestrutura de saneamento, da magnitude que deverá ser observada no Brasil”, aponta Russomanno.

O executivo afirma também que a cadeia de PVC deverá ser impactada positivamente. “A rede de tubulações de PVC no Brasil, que em 2012 era de pouco mais de 542 mil quilômetros, precisa ser elevada para mais de 613 mil km até 2033, além da manutenção de 381 mil km de tubulações já existentes, segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicos (FIPE) em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). Isso significa uma modernização da malha no País, com a geração de empregos, novos negócios e o desenvolvimento de todas as regiões, de Norte a Sul”, afirma.

“Vamos aproveitar esta oportunidade para falar aos players de todo o mundo sobre as oportunidades previstas pela Unipar no mercado brasileiro. Teremos, por exemplo, a necessidade de 700 mil toneladas adicionais de cloro por ano, um volume cerca de 40% maior do que a produção atual, em todo o País, apenas para atender a essa nova demanda”, diz Mauricio Russomanno. “Isso significa adicionar duas novas fábricas completas a toda a capacidade produtiva de cloro que o Brasil já tem”, completa.