Abiclor

Água sanitária pode contribuir para o combate à dengue, chikungunya e zika

O Brasil está enfrentando surtos de doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti. Os três últimos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde apontaram elevações alarmantes nos casos de dengue, chikungunya e zika, entre os meses de abril e maio. Em 2022, o número de casos de dengue pode ultrapassar o dobro do registrado no último ano.

A eliminação de possíveis criadouros do mosquito aedes aegypti é a principal forma de prevenção contra as doenças. O hipoclorito de sódio, conhecido comercialmente como água sanitária, ajuda a combater a proliferação do inseto. Há comprovação científica sobre a eficácia do produto para matar as larvas do mosquito, eliminando possíveis criadouros.

A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP), realizou um estudo para investigar os resultados do emprego de hipoclorito de sódio contra larvas do aedes aegypti. Os resultados revelaram que a água sanitária impede o desenvolvimento das larvas, que acabam morrendo, na totalidade das ocorrências. A pesquisa foi realizada a pedido da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), em 2008.

Assim, além de evitar acúmulo de água parada dentro e fora de casa, recomenda-se que as famílias criem o hábito de utilizar a água sanitária na higienização de lixeiras de plástico, vasos sanitários, caixas d´água, ralos de pias, tanques, cozinha e banheiros para eliminar as larvas, combatendo a proliferação do mosquito.

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O avanço da contaminação

Houve um salto no número de casos de dengue apontados pelos últimos boletins epidemiológicos do Ministério da Saúde. Entre o boletim nº 16 (02/05) e o boletim nº 18 (16/05), o número de casos prováveis de dengue passou de 542.038 para 757.068, somando novos 215.030 registros.

Na comparação dos números totais, em apenas quatro meses e meio, o ano de 2022 já ultrapassou 2021 em 213 mil ocorrências, uma elevação de 39,3%. Caso o ritmo de crescimento do atual surto de dengue se mantenha, será possível encerrar o ano ultrapassando o dobro da marca anterior, superando 1 milhão de casos.

No último boletim epidemiológico, a Região Centro-Oeste continuou com a maior taxa de incidência de dengue, com 1.171 casos/100 mil habitantes, seguida das Regiões Sul (635,6 casos/100 mil hab.), Sudeste (277,7 casos/100 mil hab.), Norte (176,1 casos/100 mil hab.) e Nordeste (149,1 casos/100 mil hab.).

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 265 óbitos por dengue, sendo São Paulo o estado com maior número de casos (99), seguido por Santa Catarina (28), Goiás (28) e Bahia (22). Outros 300 óbitos permanecem em investigação.

A chikungunya, outra doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti, também segue em alta característica de surto. Em 2022, até 15 de maio, ocorreram 70.092 casos prováveis no País, número que corresponde a um aumento de 74,6% dos casos em relação ao ano anterior. Com relação aos dados de zika, ocorreram 5.787 casos prováveis, o que corresponde a um aumento de 214,5%, ante 2021.