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CNI: Reúso fortalece o saneamento e a retomada econômica

Estudo recente, divulgado na última sexta-feira, dia 2, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revela que investimentos em projetos de reuso de água de esgosto tratado impulsionaria o sistema de saneamento básico  promoveria os impactos necessários para a retomada da economia. A expectativa é que crescimento dos investimentos em água e esgoto.  O objetivo do estudo “O impacto econômico dos investimentos de reúso de efluentes tratados de esgoto para o setor industrial” é avaliar e dimensionar os impactos na economia brasileira da viabilização de água de reúso de efluente tratado de esgoto doméstico para fins industriais.

Segundo a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Messenberg, a regulamentação de serviços de reúso de efluente tratado de esgoto é um passo importante para aproveitar as oportunidades trazidas pelo marco legal do saneamento básico, que trouxe a possibilidade de se desenvolver projetos de reúso de água de efluentes.

Para o  sócio da GO Associados, Gesner Oliveira, que coordenou o trabalho, o Brasil tem capacidade instalada de produzir um metro cúbico de água de reuso por segundo, mas pode ampliar para 12,8 metros cúbicos por segundo. “Aqui menos de 1% da oferta de água provém de reuso de efluentes tratados, enquanto em Israel chega a 70%. Precisamos aumentar a diversificação da matriz hídrica para ter mais segurança”, afirmou Oliveira.

Outro benefício destacado pelo estudo é o aumento de oportunidade de trabalho e investimento na economia. Caso a água de reuso atingisse a potência do 12,8 metros cúbicos por segundo, a produção nacional (valor agregado)  aumentaria da ordem de quase R$ 6,0 bilhões e geraria de quase 96 mil de empregos.

O secretário Nacional de Saneamento Básico do Ministério da Cidadania, Pedro Maranhão, acrescentou que os ganhos ambientais tanto do avanço do saneamento quanto do reúso de efluentes. “Vai melhorar a condição dos rios e o meio ambiente urbano, refletindo na saúde e qualidade de vida da população. Além disso, vai tirar a pressão dos reservatórios, em especial em momentos de deficiência hídrica.”

Fonte: CNI