Abiclor

Mais plural, técnica e com atenção à questão do gás natural:  Frente Parlamentar da Química 2023 é lançada em Brasília

Foi realizada na semana passada (19/04), no Salão Nobre do Congresso Nacional, a solenidade de lançamento da nova legislatura da Frente Parlamentar da Química (FPQuímica), grupo de parlamentares da Câmara e do Senado que atuam em favor do setor no parlamento. O presidente na legislatura que se inicia seguirá sendo o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS).

Na abertura do evento, André Passos, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) que até a legislatura passada presidia a secretaria executiva, apresentou números representativos do setor. Para um desenvolvimento sustentável, Passos apontou a necessidade de barateamento e aumento da oferta de gás natural – um dos insumos mais relevantes e basilares para a indústria química.

“Além da questão do gás natural, que é de profunda importância, a gente tem aqui um começo do caminho. A essa pauta se agrega o desenho de uma política industrial para o Brasil. Uma política industrial ampla e voltada para a economia circular, que utiliza insumos renováveis. A Química tem uma grande contribuição a dar nesse aspecto”, afirma Passos.

A presidente do Instituto Nacional do Desenvolvimento da Química (IdQ), Juliana Marra, apresentou um compilado de sete temas que receberão atenção do instituto, que foi criado em 2021 e tem hoje como função exercer a secretaria executiva da Frente Parlamentar, promovendo seminários, workshops e encontros de interesse da indústria química. Os temas escolhidos pelo IdQ versam sobre energia elétrica, financiamento da produção, infraestrutura e logística, reforma tributária, comércio exterior, política industrial e saneamento básico.

“É um orgulho estar aqui representando esse grupo de entidades que atua junto ao IdQ. Temos muitas pautas, não apenas aqui mas também junto ao Executivo. O trabalho colaborativo será contínuo, pretendemos trabalhar muito e já nos dispusemos a colaborar com os parlamentares”, afirmou Juliana.

O deputado que presidirá a FPQuímica, por sua vez, disse ter a dimensão do desafio de conduzir os trabalhos voltados a Química no Congresso. Ele fez um apanhado histórico do perfil dos ex-presidentes da Frente e apresentou os integrantes da Comissão Executiva (lista ao final desta matéria) e defendeu que a indústria Química busque no parlamento, cada vez mais, a representatividade que possui dentro do setor produtivo brasileiro.

“Temos um desafio muito grande no parlamento. A simultaneidade das ações é grande aqui. As matérias, quando chegam às comissões temáticas, é fundamental contar com essa participação. Há um comprometimento do parlamento em favor da representatividade, isso desde 2012, quando a FPQuímica teve início. Em 2023 teremos essa ampliação, o que tem um significado muito importante”, afirmou.

O governo federal, no evento de lançamento da FPQuímica, esteve representado pelo secretário de Desenvolvimento Industrial, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, Uallace Moreira Lima. Ele levou aos participantes a visão do governo federal, que está comprometido com a reindustrialização do país.

“Procuramos fazer da pauta da reabilitação da indústria, aquilo que o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin tem definido como neo-industrialização, uma política de Estado, e não de governo.” Lima reforçou a importância do setor químico com um dos pilares para esse processo, pela sua transversalidade e capacidade de absorver tecnologias verdes.

De acordo Milton Rego, diretor do IDQ e presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), “a Frente Parlamentar da Química tratará de questões que vão além de um setor e impactam a reindustrialização do País, a geração de empregos qualificados e a melhoria da qualidade de vida. O alinhamento entre as entidades que compõem o setor e os parlamentares é essencial para que as propostas do nosso segmento sejam levadas adiante”.