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Comissão começa a discutir mudanças na lei de saneamento na próxima terça

A comissão especial que analisa mudanças no marco legal do saneamento aprovou, ontem, dia 27, o cronograma de trabalho apresentado pelo relator, deputado Geninho Zuliani (DEM-SP). Ele sugeriu a realização de nove de audiências públicas para discutir o projeto de lei 3261/19, que atualiza a Lei do Saneamento (11.445/07).

Zuliani pretende deixar a proposta de novo marco legal do saneamento básico pronta para votação no Plenário da Câmara na segunda quinzena de outubro. Há nove propostas tramitando em conjunto sobre o tema, inclusive um projeto de lei (PL 4162/19) enviado pelo governo Bolsonaro no início do mês. A atualização da Lei do Saneamento tem o objetivo de garantir o cumprimento das metas de universalização do setor até 2033.

No primeiro debate, marcado para a próxima terça-feira, dia 3 de setembro, às 14 horas, os deputados vão analisar a atuação das empresas estatais no desenvolvimento do saneamento no Brasil. Para isso, serão convidados representantes da Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (Aesbe); da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae); da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes); da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU); e da Associação Brasileira das Agências de Regulação (Abar).

O relator indicou também o tema da segunda audiência pública: a atuação municipal na implantação e regulação do saneamento no Brasil. Para esse debate, serão convidados a Frente Nacional dos Prefeitos, a Associação Brasileira de Municípios, a Confederação Nacional de Municípios, a Federação Interestadual de Sindicatos dos Engenheiros e o Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento (Ondas).

A comissão também aprovou sete requerimentos, entre eles o que solicita visitas técnicas da comissão a estados onde a gestão dos serviços de saneamento é privada. “A proposta é realizar seminários combinados com essas visitas”, explica o deputado Joseildo Ramos (PT-BA).  Já o deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que a execução desses serviços pelas empresas não é o mais complicado, e sim a gestação dessas parcerias. Por isso, sugeriu que sejam ouvidos, por exemplo, agentes financeiros e agentes públicos que apresentem a atual lei e expliquem como funcionam as parcerias público-privadas no setor do saneamento.

Fonte: Portal da Câmara dos Deputados