Em meio a escalada da covid-19, várias nações celebram neste 7 de abril o Dia da Saúde, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1950, para conscientizar as pessoas sobre um tema específico da saúde. Nesta data, a ONU faz um convite a todos para pensar em como deixar o mundo mais saudável diante do desafio da pandemia.
A população mundial está sendo atingida pelo coronavírus, porém de maneira desigual, especialmente quando se trata do acesso ao saneamento básico que, se antes já era essencial para a preservação da saúde, com o coronavírus tornou-se vital. O simples hábito de lavar as mãos com água e sabão é um dos principais cuidados para prevenir a contaminação da covid-19, além, é claro, de evitar doenças primárias como diarreia, cólera, febre tifóide entre outras.
De acordo com a ONU, 2,2 bilhões de pessoas no mundo vivem sem acesso à água e 4,2 bilhões não têm saneamento básico, o que torna fundamental o cumprimento da meta número 6 prevista nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) “Água limpa e saneamento” até 2030.
O Brasil ainda está longe de garantir o acesso universal à água e esgotamento sanitário (coleta e tratamento) para toda a população. Segundo o Instituto Trata Brasil, mais de 35 milhões de brasileiros vivem em locais sem abastecimento de água potável e mais de 100 milhões nunca tiveram serviços de coleta e tratamento de esgotos. Ou seja, é como se fossem lançadas na natureza, diariamente, 6 mil piscinas olímpicas de esgoto. Os números, vergonhosos, mostram a importância de o País colocar em marcha o Marco Legal do Saneamento, que entrou em vigor em julho do ano passado. O Marco Legal prevê que até 2033, 99% dos brasileiros deverão ter acesso à água potável e 90%, aos serviços de esgotamento sanitário.