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Trata Brasil: 24 estados precisam ampliar investimentos em saneamento para atingir metas do Marco Legal

Estudo divulgado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com GO Associados, mostra que 24 estados brasileiros precisam aumentar os investimentos em saneamento para atingir as metas da Lei 14026/2020, o novo Marco Legal do Saneamento Básico, que foi aprovada em julho deste ano.

Aproximadamente 35 milhões de brasileiros vivem em locais sem abastecimento de água potável, mesmo em meio à pandemia de covid. Quase metade da população brasileira não dispõe de coleta de esgoto e do total do esgoto gerado no país apenas 46% é tratado, o que significa que o país despeja mais de 5.700 piscinas olímpicas de esgotos sem tratamento na natureza diariamente, segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS 2018) usados pelo Trata Brasil. 

O novo estudo feito pelo Trata Brasil  chamado “Desafios dos Estados quanto aos investimentos em saneamento básico a partir do novo marco legal” detalha os desafios a serem enfrentados pelo país e pelos estados para se chegar às metas. O estudo usou dados de investimento e atendimento de água e esgoto do SNIS, meta de investimento do Plansab e do diagnóstico realizado pela ABCON-KPMG em 2019.

Entre os vários fatores que ajudam a explicar porque o Brasil tem números tão ruins estão o descaso das autoridades, crescimento desordenado e sem planejamento das cidades, falta de cobrança da população, fragilidade de muitas das empresas operadoras. É fundamental citar os baixos investimentos em abastecimento de água e esgotamento sanitário. De maneira similar, tanto o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), promulgado em 2013, quanto a nova Lei do Saneamento apontam metas de se aproximar o país da universalização até 2033.

Atualmente, seguindo o patamar de investimentos apenas três unidades da federação vão atingir a meta de saneamento, pois já têm os serviços quase universalizados: Distrito Federal, São Paulo e Paraná. A situação é mais crítica nos estados Norte e Nordeste, onde grande parte dos investimentos está muito abaixo média prevista. O  Amapá é o pior estado em termos de investimento, que precisa ser ampliado em 18,43 vezes para atingir a meta de universalização até 2033.

Fonte: Instituto Trata Brasil