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Qualidade da água em SP piora e necessita de tratamento especial

A quantidade de pontos de captação de água de qualidade ruim ou péssima para o abastecimento público subiu 50% em rios e reservatórios paulistas no ano passado, segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo. Os dados foram divulgados esta semana pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Além da piora na qualidade da água, 18% dos postos monitorados no Estado apresentavam alta concentração de substâncias tóxicas, necessitando de tratamento especial.

O levantamento, apresentado anualmente pelo órgão ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, mostrou uma redução de 23% nos pontos de captação com índice de qualidade de água considerada ótima ou boa e 35% dos pontos apresentam índice regular. Os pontos analisados fornecem água para cerca de 22 milhões de habitantes.

“Além dos parâmetros sanitários, que avaliam a presença de coliformes e metais pesados, por exemplo, esse índice tem outras variáveis, como as substâncias organolépticas, que interferem na cor, no sabor e no odor da água. Quanto maior a concentração dessas substâncias, pior o índice. Mas isso não quer dizer que a população esteja consumindo água com mercúrio, por exemplo. Significa que essa água precisa de um tratamento especial porque têm quantidade maior de substâncias tóxicas”, explica Nelson Menegon, gerente de divisão da qualidade das águas e do solo da Cetesb, para O Estado de S.Paulo.

Dos 76 pontos de monitoramento, três apresentam qualidade péssima: o reservatório Cascata, em Marília; Rio Cotia, em Carapicuíba, e Rio Piracicaba, na cidade de mesmo nome. O índice vinha apresentando melhora desde 2010, mas voltou a piorar no ano passado.

Fonte: O Estado de S.Paulo, 08/05/2014