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Produção de cloro-álcalis retoma curva de crescimento

Produção de cloro-álcalis retoma curva de crescimento - Foto Mario Castello

Depois de seis anos apresentando variação negativa, a produção de cloro-álcalis voltou a registrar números positivos. Segundo a Abiclor, no ano passado, essa indústria atingiu 936,4 mil toneladas e crescimento de 23,5%. Já a produção de soda cáustica foi de 1.021,5 mil toneladas, avanço de 24,7%.

A melhora da produção se deve, principalmente, à retomada das operações da fábrica da Braskem em Maceió, Alagoas. A unidade voltou a operar em março de 2021, com capacidade reduzida em razão de ajustes operacionais e de parada programada de manutenção preventiva. Concluídos os trabalhos, a fábrica terá condições de operar com plena capacidade, contribuindo para o aumento da produção nacional de cloro-álcalis.

Com capacidade instalada de 1,5 milhão de toneladas, a indústria ainda opera com ociosidade alta. Nos últimos anos, a produção ficou abaixo de 1 milhão de toneladas/ano. Em 2021, a utilização da capacidade instalada média da indústria foi de 65,9%. A expectativa é que essa taxa aumente com a demanda por cloro, considerando os investimentos previstos a partir da implementação do novo Marco do Saneamento.

As metas previstas na nova lei do Saneamento são: 99% de distribuição de água tratada (hoje são 84%), 90% de coleta e tratamento de esgoto, ante os 50% atuais, e redução de perdas para 25%, que hoje superam a casa de 40%. Com expectativa de crescimento ainda maior por conta dessas novas diretrizes, Martim Afonso Penna, diretor executivo da Abiclor, afirma que algumas indústrias já até iniciaram novos investimentos. Dessa forma, o setor tem condições de atender plenamente a demanda projetada para os próximos anos, com eventual pico em 2030.

Além do tratamento de água, cloro, soda cáustica e potassa cáustica abastecem mais de 16 setores da atividade econômica, como as indústrias de defensivos agrícolas e fertilizantes foliares, produtos de higiene e limpeza, papel e celulose, componentes eletrônicos, metalurgia; têxtil, como conservantes na indústria alimentícia, entre outras.

Clique e confira a reportagem veiculada no Jornal Valor Econômico.