Abiclor

Setor químico é um dos ensaia reação

Dos 10 principais setores da economia,  7 já dão sinais de recuperação, conforme levantamento feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado pelo jornal O Estado de S.Paulo.

A expectativa é que os números do PIB, que serão divulgados nesta semana, já mostrem retração menor da economia, perto de 0,2%.

De acordo com economistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, devem contribuir para esse resultado reações pontuais, como a alta média de 2,4% em têxteis e calçados e de 0,9% no setor automotivo, em especial graças às exportações. Também deve pesar a favor o avanço de 1,3% no setor químico, impulsionado pela reposição de estoques. Outros setores tiveram crescimento zero, o que é bom, pois indica que a atividade deixou de se contrair e pode voltar a crescer, caso de construção e metalurgia.

Os economistas afirmam que o ajuste fiscal nas contas públicas é que vai determinar o início de um novo ciclo virtuoso. A percepção é de que o ajuste será deslanchado após o julgamento do impeachment, nesta semana.

Três motores fundamentais da economia, porém, estão desligados: óleo, gás e biocombustíveis têm retração de 5,5% e a agropecuária, de 0,5%. Preocupa o comércio, com queda de 0,4%, item do setor de serviços, que sozinho sustenta dois terços do crescimento. “O setor de serviços depende do consumo das famílias, que deve continuar deprimido”, diz Silvia Matos, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).