Abiclor

Setor de cloro e soda operou em marcha lenta no 1º semestre

Indústrias trabalharam próximo à estabilidade; produção de cloro recuou 0,3% de janeiro a junho, enquanto a de soda cáustica cresceu 0,3%

O desempenho do setor de cloro e soda ficou próximo à estabilidade no primeiro semestre de 2013. A produção de cloro recuou 0,3%, ante igual intervalo de 2012, atingindo 627 mil toneladas, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor). De janeiro a junho, as vendas totais de cloro cederam 2,2%.  Já a produção de soda cáustica cresceu 0,3%, para 693,3 mil toneladas, enquanto as vendas totais do insumo diminuíram 1,2%, para 589,3 mil toneladas.

“Os indicadores modestos refletem a situação de fragilidade do setor industrial, em geral. Estamos vivendo um momento difícil, em função das incertezas econômicas mundiais e nacional e a falta de políticas para a indústria química. A expectativa é de que o setor de cloro e soda registre crescimento moderado, em linha com o Produto Interno Bruto (PIB) esperado para 2013”, afirma o presidente da Abiclor, Anibal do Vale.

O consumo setorial de cloro (vendas totais somadas aos usos cativos) teve ligeira alta de 0,2%. O uso cativo, dos próprios produtores de cloro na elaboração de produtos como o dicloroetano (DCE) e óxido de propeno, cresceu 0,5%, totalizando  549 mil toneladas, na comparação com o mesmo semestre do ano passado.

Vale destacar que 87,2% do cloro produzido no País são para uso cativo. Os 12,8% restantes produzidos são vendidos para os setores de química e petroquímica; tratamento de água; papel e celulose, entre outros.

As vendas totais de soda cáustica diminuíram 1,2%, ante o período de janeiro e junho de 2012, para 589,4 mil toneladas. O consumo aparente registrou queda de 2,9%, para 1,2 milhão de toneladas.

As importações de soda caíram 6,8%, para 575,4 mil toneladas, pressionadas pela indústria de alumínio, que passa por uma crise internacional desencadeada pelo elevado crescimento da produção, especialmente na China. Se fossem excluídas as vendas para o setor de alumínio, as importações de soda cáustica teriam crescido 22,7% no primeiro semestre, para 151 mil toneladas. Os números revelam a situação atípica vivida pela indústria de alumínio, responsável por 8% do consumo de soda nacional, o quarto mais importante para o setor. O segmento de papel e celulose lidera, com 27% do consumo, seguido por química e petroquímica, 24% e distribuição, 14%.