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Quatro estudantes brasileiros disputam Olimpíada Internacional de Química no Vietnã

Quatro estudantes brasileiros do ensino médio embarcam na noite desta quarta-feira,  16, para Hanói, no Vietnã para participar da 46ª Olimpíada Internacional de Química.  Dois deles são de São Paulo, Chan Song Moon e Kevin Ejii Iwashita, e dois do Ceará,  Lia de Oliveira Domingos e Artur Souto Martins. Os jovens têm 17 anos,  foram selecionados para participar do torneio, de 20 a 29 de julho, que será disputado por 300 estudantes de 77 países.

 Chan Song Moon,  do Colégio Etapa, de Valinhos, São Paulo, que pretende prestar vestibular para Medicina, tem estudado até quatro horas por dia para participar da Olimpíada.  Ela confessa que não está nervosa e, para relaxar, toca piano, violino ou violão. 

Já Kevin Ejii Iwashita, de Guarulhos, na Grande São Paulo,  também estuda no Colégio Etapa  e prefere distrair-se lendo mangás e assistindo a filmes. Ele dedica duas horas por dia aos estudos. 

Apaixonada por Química, Lia, aluna do Colégio Farias Brito, tem estudado de sete a dez horas por dia. Nas horas vagas, para relaxar, ela ouve música e vai à praia.  Viajar para Hanói é a realização de um sonho e também a sua primeira viagem internacional.  “Estou ansiosa. Nunca sai do País”, conta. 

Artur passa o dia estudando no colégio Ari de Sá Cavalcante.  Além de se preparar para a Olimpíada, ele está empenhado em passar no vestibular para Engenharia da Computação no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronática). Tem aulas das 8h às 21h. Além disso, ao chegar em casa, costuma estudar mais um hora antes de dormir. Nos fins de semana,  Artur participa de jogos online com os amigos e assiste a vídeos de humor e jogos no YouTube. 

“Eles estão se preparando com afinco e acredito que vão obter resultados significativos”, afirma Sérgio Melo, coordenador geral da Olimpíada Brasileira de Química (OBQ). Os quatro estudantes que vão defender o Brasil na etapa mundial se destacaram nas Olimpíadas realizadas em seus estados de origem e ocuparam as primeiras posições nas etapas nacionais.

Os brasileiros têm histórico de sucesso nessas competições internacionais. Em 2013, a Olimpíada Internacional rendeu quatro medalhas de bronze ao País. “Os asiáticos e os europeus normalmente apresentam as melhores notas, mas os estudantes brasileiros estão sempre buscando superá-los”, afirma Melo.

O Programa Nacional Olimpíadas de Química é organizado pela Associação Brasileira de Química (ABQ) com apoio oficial do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Educação, além de outras instituições privadas.  A Associação Brasileira de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor), uma das primeiras patrocinadoras do evento juntamente do Conselho Regional de Química. “Para dar sustentabilidade à Química, sua indústria e produtos é preciso contar com colaboradores qualificados e interessados. Entendo que a Olimpíada de Química, resultado do esforço conjunto dos coordenadores e professores que acreditam que a Química deve ser mais bem explorada em sala de aula, é um excelente veículo de apoio na identificação e incentivo desses colaboradores, contribuindo inclusive para sua formação”,diz Martim Afonso Penna, diretor executivo da Abiclor.