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Pesquisadores temem epidemia chikungunya no Sudeste

A chikungunya, que estava presente em 650 cidades brasileiras em 2015, já se espalhou para 2.248 municípios, até setembro deste ano. Mais de 216 mil casos prováveis foram notificados em todo o País, segundo o Ministério da Saúde.

O aumento no número de casos de febre chikungunya e as 120 mortes confirmadas pela doença preocupam o Ministério da Saúde às vésperas do início do verão, segundo o portal UOL. Pesquisadores alertam para uma possível epidemia da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, em regiões ainda pouco atingidas, como o Sudeste. No ano passado, a região Sudeste teve 194 casos confirmados da doença, número que saltou para 18.173 neste ano. As cidades de São Paulo e Rio de Janeiro já tiveram 6 mortes causadas pela chikungunya. O receio é de que numa epidemia a doença possa atingir até 30% da população de uma área afetada.

No Nordeste, a incidência da doença em 2016 chegou a 368 casos a cada 100 mil habitantes. A maior concentração ocorreu no Rio Grande do Norte: 702 casos a cada 100 mil habitantes.

A chikungunya tem sintomas parecidos com os da zika ou da dengue, febre, manchas e dores intensas no corpo. No entanto, com mais frequência, se apresenta em uma versão mais grave. De acordo com os especialistas, pelo menos 20% dos casos são seguidos por inflamação nas juntas, artrose e artrite.

Somente em Pernambuco, foram notificados este ano 354 casos suspeitos de mortes de pacientes com arboviroses (grupo de doenças que inclui dengue, chikungunya e zika). Desse total, 134 foram até agora identificadas: 62 por chikungunya e 37, por dengue e 35 apresentaram resultados positivos para os dois vírus. “Esse é o maior número de mortes relacionadas a arboviroses no Estado desde que os dados começaram a ser contabilizados”, afirmou o infectologista Carlos Brito.

 

Fonte: Uol