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Mais de 4 milhões de brasileiros precisam defecar ao ar livre, diz relatório da ONU

Mais de 4,1 milhões de brasileiros de áreas rurais, ou 2% da população do país, não têm acesso a banheiros e precisam defecar ao ar livre, mostrou novo relatório publicado nesta quinta-feira (13) por Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Países como Canadá, Chile e Austrália, por exemplo, não têm cidadãos sem acesso a banheiros. A Argentina tem 1% de sua população nessa condição e a Bolívia, 14%, de acordo com o documento que detalhou as desigualdades globais no acesso a água e saneamento básico.

Mais de 4,1 milhões de brasileiros de áreas rurais, ou 2% da população do país, não têm acesso a banheiros e precisam defecar ao ar livre, mostrou novo relatório publicado nesta quinta-feira (13) por Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

O número, referente a 2015, representa uma melhora na comparação com o ano 2000, quando a proporção da população brasileira sem acesso a banheiros era de 9%, em um total de quase 16 milhões de pessoas tendo como base o total da população na época.

Segundo o documento, países desenvolvidos como Canadá e Austrália não tem cidadãos sem acesso a banheiros. Na América Latina, o Chile tampouco enfrenta esse problema, enquanto na Argentina o percentual é de 1% e na Bolívia, de 14%.

O relatório mostrou ainda que apenas 64% da população brasileira têm esgoto encanado — frente a 42% no ano 2000 —, enquanto, desse total, 40% referem-se a pessoas vivendo em áreas rurais e 73% nas áreas urbanas.

Os dados fazem parte de relatório que apresenta a primeira avaliação global dos serviços de água potável e saneamento com gestão segura. A conclusão é que muitas pessoas do mundo ainda não têm esse acesso, sobretudo em zonas rurais.

Globalmente, cerca de três em cada dez pessoas — em um total de 2,1 bilhões — não têm acesso a água potável em casa, e seis em cada dez — ou 4,5 bilhões — carecem de saneamento seguro, afirmou o relatório.

Fonte: ONU BR