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Estudo mostra que Brasil deixa de gerar benefícios de até 1,2 trilhão com ausência do saneamento básico

Estudo realizado Instituto Trata Brasil, intitulado “Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do Saneamento Brasileiro 2018”, em parceria com ABCON, elaborado pela consultoria EXANTE, mostra que a expansão dos serviços de água e esgotos no país traz muito mais do que apenas qualidade de vida. Os investimentos feitos e o maior acesso das pessoas trazem ganhos econômicos e sociais concretos, especialmente nos setores da saúde, educação, produtividade, turismo e valorização imobiliária.
Pelos dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS – ano base 2016), o país ainda tinha 35 milhões de brasileiros sem acesso à água, mais de 100 milhões de pessoas sem coleta dos esgotos e somente 44,92% dos esgotos eram tratados. Isso significa que temos um enorme desafio para que o saneamento básico chegue a todos os brasileiros.
Ao comparar bases de dados internacionais, 105 países apareciam à frente do Brasil em termos de acesso ao saneamento básico. Como exemplo, os índices das Américas do Sul e Central ultrapassavam 80% de acesso à saneamento; destaca-se também os indicadores de todos os países do Mercosul, que são superiores ao Brasil.
Considerando o custo médio nacional para se levar água e esgotos às moradias, o estudo estimou que serão necessários R$ 443,5 bilhões em 20 anos para que todos os brasileiros tenham acesso aos serviços de água e esgoto, ou seja, precisaríamos de um investimento anual mínimo de R$ 22,2 bilhões. O valor presente dos investimentos será de R$ 241,3 bilhões.
Em duas décadas, já descontando os custos da universalização, os ganhos econômicos e sociais trazidos pela expansão dos serviços em suas diversas áreas alcançariam R$ 1,125 trilhão. Isso significa que a universalização do saneamento traria ganhos expressivos para a sociedade brasileira, muito superiores aos custos da universalização. Esse valor é o balanço entre os benefícios diretos e os ganhos com a redução de externalidades da falta de saneamento de R$ 1,521 trilhão, de um lado, e os custos da universalização, de outro.

Fonte: Trata Brasil