Abiclor

Racionamento atinge 35% dos moradores de SP

O racionamento de água imposto pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) em meio à crise hídrica atinge de forma dura ao menos 35% dos paulistanos, em especial os mais pobres e com baixa escolaridade, segundo pesquisa Datafolha publicada nesta quarta-feira (4) no jornal Folha de S.Paulo.

Essa é a proporção de moradores que afirmam ter sofrido interrupção no fornecimento de água em suas residências em cinco ou mais dias nos últimos 30 dias.

Pelo levantamento do Datafolha, 14% citaram que sofreram corte de água em até quatro dias no período de um mês –48% disseram não ter ocorrido nenhuma interrupção do tipo e 3% não souberam responder.

Oficialmente, a gestão tucana diz que a manobra que reduz a pressão nos encanamentos –provocando racionamento– tem prejudicado apenas 1% da população.

No centro apenas 5% relataram esse grau de interrupção da água, de acordo com a pesquisa Datafolha.

As taxas também são mais baixas nas zonas oeste (32%) e sul (28%) da capital paulista, que são socorridas pelo reservatório do Guarapiranga.

O tempo de duração da falta de água em um mesmo dia não é considerado no levantamento. Segundo a própria gestão Alckmin, algumas regiões ficam entre 15 e 20 horas por dia sem água.

Os locais mais periféricos sofrem com a redução de pressão tanto por questões geográficas quanto por causa de falta de infraestrutura nas residências. As casas da periferia estão normalmente no fim da rede de distribuição e muitas vezes em zonas altas, onde é mais difícil bombear água sem pressão.

O tamanho pequeno das caixas d’água ou até mesmo a falta delas ainda deixa milhares de pessoas muito mais vulneráveis à falta do abastecimento público de água.

Fonte: Folha de S.Paulo

04/11/2015