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Indicadores da indústria brasileira dão sinais de melhora

Segundo o Termômetro da Indústria, nova ferramenta interativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , cinco indicadores, de um total de nove, apresentaram desempenho positivo entre junho e agosto. Outros três foram negativos e um, neutro, informa reportagem do jornal Valor Econômico.

O Termômetro mostra o comportamento da indústria por meio da combinação de sete indicadores de pesquisas da CNI, um do IBGE e outro da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

Entre os resultados positivos destaca-se o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), que alcançou 51,5 pontos em agosto. Foi a primeira vez, em 28 meses, que o Icei ultrapassou a barreira dos 50 pontos, que separa o otimismo do pessimismo.

A produção industrial, calculada pelo IBGE, teve crescimento de 1,1% em junho ante maio, quarto aumento consecutivo da produção, o que, na visão da CNI, confirma a reversão da tendência de queda registrada desde 2013.

O número de horas trabalhadas na produção cresceu 0,2% em junho na comparação com maio, mas está 7,8% abaixo do registrado em junho de 2015 e permanece com tendência de queda. Também em junho, o faturamento da indústria cresceu 2% em relação a maio. No entanto, está 8,3% menor que o de junho de 2015.

As exportações de produtos manufaturados, por sua vez, cresceram 4,7% em julho e estão 8,1% acima do registrado no mesmo mês de 2015. O indicador, elaborado pela Funcex, registra tendência de crescimento e acumula aumento de 26,4% entre fevereiro de 2015 e julho de 2016.

Entre os dados negativos, estão o comportamento do indicador de emprego, com recuo de 0,6% em junho frente a maio e a utilização da capacidade instalada de  julho, que ficou abaixo do usual, com indicador de 36,5 pontos. O índice de intenção de investimento, de 42,0 pontos, permaneceu 5,9 pontos abaixo da média histórica.

Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a recuperação da economia será lenta e dependerá, sobretudo, de ações efetivas para reequilibrar as contas públicas e de reformas estruturais, como a da Previdência e a trabalhista.